domingo, 19 de julho de 2009

O blog do e-jardim

Na minha lista de links recomendados, há um que eu considero especial: HTTP://e-jardim.blogspot.com . O trabalho da equipe do e-jardim é muito interessante e valioso. Além de produzirem, e, portanto, preservarem inúmeras plantas nativas, eles se preocupam com a pesquisa e com a educação do público em geral... e também dos paisagistas! Os textos no blog e no site (http://www.e-jardim.com/) são ótimos, com muita informação e divertidos de ler.

Por exemplo, acompanhe a sequência de artigos abaixo:

Na trilha de Glaziou: a redescoberta da guaquica (parte 1)


Você vai gostar!

sábado, 18 de julho de 2009

A iluminação do jardim


Para um jardim ser apreciado e utilizado à noite é óbvio que precisamos da iluminação artificial. O que poucos percebem, é o quanto o uso correto (e criativo!) da luz artificial pode determinar a segurança e eficiência das áreas externas e, também, valorizar-las esteticamente.

Algumas regrinhas básicas:

· O jardim iluminado à noite não deve nem precisa ser igual ao jardim de dia! Iluminação de quadra esportiva...só em quadra esportiva!

· Determinar o uso noturno de cada área do jardim, lembrando que a segurança se aplica tanto em evitar um intruso quanto em evitar que alguém se machuque.

· Observar as áreas ou elementos do jardim que estão mais bonitos no momento e destacá-los.

· Evitar o ofuscamento do observador, pelo foco dirigido direto na altura de seus olhos.

· Caprichar nos cuidados com a fiação. Os fios que passam por entre canteiros devem estar em perfeitas condições, dentro de conduítes e serem enterrados para evitar tropeções. É muito interessante que se anote o caminho dessas fiações enterradas, para indicá-lo aos jardineiros. Acidentes e consertos são evitados dessa maneira simples. Ah, e os conduítes devem ter suas aberturas isoladas (fechadas).

· Organize a fiação agrupando as luminárias por tipo e/ou zona, tornando possível que cada grupo seja acionado de modo independente. Isso aumenta a economia na conta de luz e maximiza as opções de utilização da iluminação.

· Observar o quanto as luminárias esquentam e se esse calor está queimando as plantas próximas.

· Muito importante: usar sempre luminárias e lâmpadas produzidas para áreas externas. Somente essas terão condições de resistir à umidade, terra, etc... Sim, são mais caras de início, mas mais econômicas a médio prazo.

Costuma-se agrupar os aparelhos de iluminação externa em três tipos básicos. O primeiro tipo é o difusor. Ele emite luz por todos os lados, como no caso dos postes encimados por globos de vidro. Sua luz é homogênea, iluminando por igual todo um ambiente, e, em geral, está fixa sobre um poste ou na parede.

Outro tipo é o projetor. Ele emite um facho de luz dirigido, mais ou menos concentrado. São também chamados de refletores. Criam contrastes de claro e escuro, e destacam objetos ou áreas. Pode ser fixo ou móvel.

O terceiro tipo é o balizador, que na verdade é um refletor com características específicas para a iluminação de áreas de circulação. Essas características: facho dirigido para o chão, altura reduzida (sempre inferior a 50cm) e pequena intensidade de luz. São encontrados fixos ou móveis.

Um exemplo de utilização desses equipamentos.

Na entrada, onde termina a rua e começa o jardim da frente, é uma boa medida de segurança, um poste com uma luminária tipo difusor, de média intensidade. Assim enxergamos bem quem está se aproximando da casa. Segue-se por três metros de um caminho de pedras e uma escada com poucos degraus, largos, que se tornarão muito atrativos e seguros com pequenos balizadores embutidos nas laterais da escada. A escada termina na porta da casa, que fica sob um arco. Um projetor delicado fixado no alto desse arco ilumina a porta de cima para baixo. Agora, não vamos nos esquecer de iluminar o número da casa! Podemos usar variados tipos de luminárias ornamentais fixas, que iluminam uma pequena área da parede, sem emitirem luz direta para os olhos do observador.

No jardim, difusores criam uma área de luz homogênea e suave no terraço. Projetores ocultos pela vegetação lançam luz direta sobre uma fonte, ou destacam um conjunto de palmeiras e arbustos. Aliás, na época de seca, com forrações e gramados sofridos, pode-se usar os refletores para atrair os olhares para os pontos fortes do jardim e ocultar os pontos fracos.

Por isso eu sempre recomendo que se dê preferência a refletores e balizadores móveis e com extensa fiação. Em uma festa, por exemplo, passeios no jardim podem se desestimulados deixando as luzes mais perto da casa; ou, ao contrário, levamos os convidados ao jardim criando focos de interesse e usando fartamente balizadores para indicar caminhos entre os canteiros.

Some a essas opções as tochas, velas (inclusive flutuantes, para piscinas e fontes) e lanternas em mil formas e estilos...e transforme seu jardim!