sábado, 30 de março de 2013

Você já viu algo assim?


Esta árvore, perto do Estádio do Pacaembú (São Paulo), morre lentamente, sufocada por uma parasita conhecida popularmente como erva-passarinho ou erva-de-passarinho.

São assim chamadas porque os pássaros se alimentam dos seus frutos e depois espalham as sementes por outras copas de árvores ou pelo chão.
Elas dão flores perfumadas e quando passam a dominar a copa da hospedeira, parecem chorões, com seus ramos longos e caídos. Isso leva muitas pessoas a não perceberem o que está acontecendo na realidade, confundirem-na com a copa original e conjuntos inteiros de árvores são perdidos dessa maneira.

Àrvore na Av.Pacaembu, infestada com a erva-passarinho
Esse mesmo nome popular designa várias plantas escandentes (trepadeiras) da família Loranthaceae. São consideradas semiparasitas porque obtém seu alimento em parte da seiva da árvore infestada, e em parte da fotossíntese das próprias folhas. Fazem parte de nossas matas. Mas por algum motivo ainda não conhecido, no seu habitat natural não chegam a se estender por grandes áreas. Já em locais de mata degradada e nas cidades causam grandes estragos. Especula-se que na mata talvez não sejam o alimento preferido dos pássaros. Ou outro fator seria o quanto nossas árvores urbanas ficam enfraquecidas por maus-tratos constantes.

Detalhe dos ramos da parasita se enroscando no galho de Resedá

Na foto acima vemos um galho de Resedá que foi podado para combater a infestação. Os ramos da parasita se enroscam em torno dele, dão folhas e se lançam para alcançar novas árvores por perto.
Algumas variedades da erva-passarinho se alojam direto  nas copas. Outras começam pelo chão, lançam raízes no solo e depois vão subindo, perfurando a casca e se alimentando da seiva. A única forma de combate conhecida é cortar os ramos atingidos. Se isso não for possível porque comprometeria a própria estrutura da árvore, então retirar o máximo possível, raspar os ramos maiores com muito cuidado e repetir o processo quantas vezes for necessário.  Por que ela é muito resistente e qualquer pedacinho mínimo que sobra, rebrota. A única vantagem (para nós!), é que seu ataque é lento. Portanto a observação é nossa melhor arma para combate-la em seu início. E estenda o olhar para sua rua a arredores. Não se esqueça:  a natureza não liga a mínima para muros e limites de lotes!

Informações técnicas:

4 comentários: