Esta árvore, perto do
Estádio do Pacaembú (São Paulo), morre lentamente, sufocada por uma parasita
conhecida popularmente como erva-passarinho ou erva-de-passarinho.
São assim chamadas porque os pássaros se alimentam dos seus
frutos e depois espalham as sementes por outras copas de árvores ou pelo chão.
Elas dão flores perfumadas e quando passam a dominar a copa
da hospedeira, parecem chorões, com seus ramos longos e caídos. Isso leva
muitas pessoas a não perceberem o que está acontecendo na realidade,
confundirem-na com a copa original e conjuntos inteiros de árvores são perdidos
dessa maneira.
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Àrvore na Av.Pacaembu, infestada com a erva-passarinho |
Esse mesmo nome popular designa várias plantas escandentes
(trepadeiras) da família Loranthaceae. São consideradas semiparasitas porque
obtém seu alimento em parte da seiva da árvore infestada, e em parte da
fotossíntese das próprias folhas. Fazem parte de nossas matas. Mas por algum
motivo ainda não conhecido, no seu habitat natural não chegam a se estender por
grandes áreas. Já em locais de mata degradada e nas cidades causam grandes
estragos. Especula-se que na mata talvez não sejam o alimento preferido dos
pássaros. Ou outro fator seria o quanto nossas árvores urbanas ficam enfraquecidas
por maus-tratos constantes.
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Detalhe dos ramos da parasita se enroscando no galho de Resedá |
Na foto acima vemos um galho de Resedá que foi podado para
combater a infestação. Os ramos da parasita se enroscam em torno dele, dão
folhas e se lançam para alcançar novas árvores por perto.
Algumas variedades da erva-passarinho se alojam direto nas copas. Outras começam pelo chão, lançam
raízes no solo e depois vão subindo, perfurando a casca e se alimentando da
seiva. A única forma de combate conhecida é cortar os ramos atingidos. Se isso
não for possível porque comprometeria a própria estrutura da árvore, então
retirar o máximo possível, raspar os ramos maiores com muito cuidado e repetir
o processo quantas vezes for necessário.
Por que ela é muito resistente e qualquer pedacinho mínimo que sobra,
rebrota. A única vantagem (para nós!), é que seu ataque é lento. Portanto a
observação é nossa melhor arma para combate-la em seu início. E estenda o olhar
para sua rua a arredores. Não se esqueça: a natureza não liga a mínima para muros e
limites de lotes!
Informações técnicas:
E aí amiga , não vai por marcador de seguidores, quero me tornar uma seguidora. Muito boa a postagem. beijos
ResponderExcluirSensacional!!!
ResponderExcluirObrigada, Aquarium!
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